sábado, fevereiro 16, 2008

Ama-me

Quando preciso de ti, fecho os olhos e estou contigo! É assim que a minha mão te alcança. É assim que o meu corpo te recebe o abraço e corre para o beijo que prometeste.

Fica! Fica aqui, comigo, no lado esquerdo da cama. Aqui, retido no meu peito como pediste e eu neguei. Passa através de mim, atravessa o que sou, salta-me as quantas barreiras e toma-me para ti. Como tua. Sei que ias gostar, e eu também. No entanto, fujo e vou fugir. E nisto, tanto me ensurdecem os gritos que carrego no peito como o silêncio de estares tão longe. Volta...

Lembras-te quando, há um punhado de dias, me disseste: “quanto mais foges, mais corro e menos me canso”? Pois bem, quem me dera que o dissesses outra vez. O rasgo que me fizeste no coração ultrapassa já o palmo e meio; e a dor, essa, já espreita com um sublime ar de malandrice. Tenho corrido tanto e estou tão cansada. Ignorei-te para não sofrer, e agora sofro por te ignorar.

Compõe-me. Canta-me e trova-me. Toca-me e vibra-me. Faz o que sabes fazer. E no fim, ama-me.

Sou ridícula.
Mas tu nem sequer vais saber…