segunda-feira, dezembro 01, 2008

1 de Dezembro

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Hoje acordei com o pior dos aspectos, e orgulhei-me disso. O choro prolongou-se nas horas, na noite raiou a claridade. Nos olhos a paixão.
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Isto é para eles. A quem nunca vou saber agradecer. A quem nunca conseguirei dar metade do tanto que me dão. A quem sempre fez do meu chão, um piso seguro. Isto é para eles. Aqueles que me sabem apertar o coração, espremer a alma, amarrar-me a razão. Aqueles que sabem tocar, com leveza, as feridas abertas. Aqueles que me provocam, hesitantes, dores; e me acalmam com a mesma pressa. Isto é, e será, para eles. Os que me libertam do nó que trago no peito. Os que jamais me presentearam com desamparo ou ingratidão.

É para eles. Para a pequena mão cheia de gente que me faz, me conhece os cantos, ralha comigo, me critica e me destrói. E me reconstrói… Que me melhora, que me sabe olhar sem rodeios, que me sabe mostrar quem sou. Gente, que me trocou o eixo de rotação, que me trapaceou o sentido do relógio, que me alterou os passos… Gente que, mesmo sem saber, segura o mundo nas mãos.
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Isto sempre foi para todos eles. Por me fazerem mulher. Por me ensinarem a lutar, a erguer toneladas acima dos ombros, a guardar o que de melhor tenho, e a seguir…por me ensinarem a viver.
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Isto é para vocês!
















Para ti Mafalda, que, Clara(mente), vives em mim

Para ti Licas, que me fazes crescer, de nó cego dado contigo
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Para ti Diana, que és, sem dúvida, um canto mais-que-perfeito

Para ti Tozé, a quem as palavras jamais chegarão

Para ti Xapas, que me arrancas a criança da alma

Para ti Magda, por quem a flor da meninice floresce, a cada instante

Para ti Bruno, que me embalas em carinho e me deixas voar, com firmeza, para mundos cor-de-rosa

Para ti Luísa, porque me és essencial, mesmo que o longe nem sempre se faça perto

Para ti Joana, que me tocas o espírito só com o olhar…e tudo cá dentro se eterniza, em brilhos de lua

Para ti Joana, a quem entrego a vida nas mãos, por madrugadas esquecidas, por rios calmos, por gestos acima do poder das nossas letras
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Para ti Sara, que não lerás isto, mas por quem o meu coração bate numa constância arrebatadora
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Para o Rui, o Hugo, e todos os outros que estão nomeados no coração

E para ti, que ainda me marcas e me fazes bem...