terça-feira, março 27, 2007
segunda-feira, março 26, 2007
Dois braços à minha espera
Acordei durante a noite. Tive um sonho horrível. Ainda estremecia o corpo assustado, quando me abraçaste, quebrando o medo, pulando fronteiras, correndo-me o corpo. A romper o silêncio, apenas um respirar aflito, e um coração acelerado com pressa de te encontrar.
Sempre soubeste mais de mim, que eu própria. Tens a arte de fazer sentimentos, a habilidade de gerar sensações. E a sabedoria que inveja qualquer adivinho de jornal.
Naquele leito despido, pousaste-me enfim a voz no peito. Cortante. Suave. Meigo. E num tom ainda quente, sussurraste calmo e baixinho: «estás bem?». Por um instante, a resposta fugiu-me à vontade, e limitei-me a tocar-te o rosto com o olhar.
Não, não te o vou dizer. Estou habituada a resolver tudo sozinha. Mas na verdade, digo agora que não me podes ouvir, enquanto me abraçares assim... Sim, está tudo bem.
Devia ter-te dito. Devia tanto ter-to dito!
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